Contabilidade e o planejamento tributário

A economia está imersa na globalização, e o mercado está cada vez mais competitivo, a alta carga tributária que existe no Brasil, em consonância com uma grande burocracia, se não for equacionado da forma correta, pode levar muita empresa à fechar as portas. E é o que acontece com várias delas, em especial com aquelas que ainda não estão preparadas para enfrentar essa dura realidade.
A Contabilidade, por se tratar de uma ciência, tem como objetivo registrar os fatos administrativos das organizações, de maneira a permitir o controle patrimonial e também as mutações que acontecem em um determinado período. Por isso, ela desempenha um papel muito importante na elaboração do planejamento tributário adequado e eficaz.
Como a maior parte dos tributos possuem sua base de cálculo e determinação dos valores na Contabilidade, o contabilista acaba se tornando um conhecedor nato de maneiras práticas de arrecadação e também de como os tributos funcionam.
A legislação é muito dinâmica, ela muda o tempo todo. E o contabilista deve estar atento à essas mudanças. Isso pode se tornar um problema na hora de elaborar o planejamento tributário para a empresa.
O Planejamento Tributário é o método usado para a obtenção de um ônus fiscal menor sobre produtos e operações, e que utiliza meios legais para isso. Recebe também o nome de "elisão fiscal". Para que possa ter um Planejamento Fiscal correto e adequado, é preciso ter dados confiáveis e regulares.
E a Contabilidade, por ser um sistema que elabora os registros permanentes de operações, é considerada como um verdadeiro pilar para esse Planejamento.
Para a elaboração e a execução do Planejamento Tributário, é fundamental a figura do contabilista, uma vez que ele é responsável por comandar várias operações internas da organização. Geralmente, ele também é o responsável por conciliações, vários controles e também pela apuração dos impostos.
Sem contar que o contabilista, além de cooperar, ele também atua na coordenação de equipes internas, conhecendo bem as deficiências e pontos mais importantes, capazes de resultar em falhas no planejamento.
É fundamental que as pessoas que trabalham na execução das atividade, e até mesmo das tarefas de rotina, estejam motivadas. Caso contrário, de nada irá adiantar ter um planejamento fiscal de qualidade, pois uma parte do esforço se perderá pelas falhas e erros.
A organização precisa focar nas pessoas e entender que elas devem sim estar motivadas e treinadas. Quando os únicos focos da empresa são o controle e os processos, ela pode não obter os resultados esperados.
Muitas empresas economizam valores relativamente baixos, não oferecendo treinamento para os seus funcionários, e acabam gastando verdadeiras fortunas para corrigir ou arcar com os erros, como casos de interpretação nas mudanças ocorridas nas normas fiscais e falta de escrituração de crédito de impostos recuperáveis, por exemplo. 
Quando faltam informações contábeis corretas, a elaboração do planejamento tributário dependerá de dados não regulares, avulsos, que se encontram sujeitos a hipóteses, avaliações errôneas e falhas.
Nesse contexto, o contabilista desempenha um papel fundamental, sendo a pessoa chave. E ele precisa de treinamento, de apoio e, certamente, de motivação. Só assim ele participará ativamente do planejamento tributário da organização. 
Outras pessoas também podem assumir a gestão do planejamento tributário. Mas, para isso, elas devem ter sólidos conhecimentos na área de tributação.  Ainda assim, esse profissional necessita de informações regulares e atualizadas, que somente a contabilidade poderá lhe fornecer.
Hoje em dia, está cada vez mais visível a necessidade das empresas em elaborarem um planejamento tributário, para que elas possam reduzir os gastos financeiros com pagamento de impostos. E isso é importante, principalmente, para garantir a sobrevivência das empresas. 
Para a elaboração de um Planejamento Tributário eficiente, é preciso pensar nas maneiras pelas quais é possível chegar aos objetivos pretendidos. Além do mais, outros pontos também são essenciais, como os incentivos fiscais e extrafiscais, alterações na forma de conduzir operações corporativas, definição assertiva das atividades econômicas, dentre outros...

Análise das demonstrações contábeis

Entende-se por Análise das Demonstrações Contábeis a técnica que compara, decompõe e interpreta os demonstrativos financeiros da organização, com o objetivo de obter informações que demonstrem a situação financeira e econômica da empresa em um período específico, comparando com os concorrentes.
Depois que as demonstrações contábeis passam por uma análise, as informações não são mais apenas uma série de dados agrupados. Elas adquirem valor e passam a ter uma grande importância.
As informações obtidas são muito relevantes. No entanto, mesmo após a realização da Análise das Demonstrações Contábeis, alguns aspectos não costumam ficar tão claros, o que torna necessário a realização de um estudo mais aprofundado da organização, para que tudo aquilo que não ficou muito claro, possa ser devidamente esclarecido.
A gestão financeira da empresa é uma  responsabilidade da Administração Financeira, que tem como principais funções a análise, o planejamento e o controle dos recursos financeiros da organização. 
Para isso, o administrador financeiro precisa conhecer bem todas estruturas, e também quais as funções que cada uma das demonstrações financeiras desempenham. Bem como saber interpretar cada uma e estar sempre atento à todas as mudanças que acontecem no mercado financeiro também.
Existem duas técnicas principais para analisar as Demonstrações Contábeis. São elas:
 1 - Análise vertical: a ideia é obter o percentual de cada uma das contas com relação ao valor total do ativo e do passivo. É usada com o objetivo de identificar qual está sendo o ritmo do crescimento das contas dos exercícios.
2 - Análise Horizontal: possibilita a comparação percentual dos valores de cada uma das contas, ou mesmo de um grupo de contas considerando um certo período.
Confira abaixo quais são as demonstrações financeiras básicas:
  • Balanço Patrimonial (composto pelo ativo, passivo e patrimônio líquido);
  • Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (demonstrando onde foi aplicado ou modificado o Capital Circulante da empresa);
  • Demonstração do Resultado do Exercício (onde são apresentados os resultados financeiros provenientes das operações da empresa em um certo período)
  • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (que demonstra quais foram as mudanças que ocorreram na conta no decorrer do período).
Podemos dividir de duas maneiras as análises destas demonstrações financeiras. Confira abaixo:
  • Situação econômica: que se apresenta por meio dos Índices de Rentabilidade (que mostra  qual a rentabilidade do capital investido), e também por meio dos Índices de Atividade (esse índice mede qual a velocidade com que as contas do Ativo Circulante foram convertidas em vendas, ou como elas são capazes de interferir nas disponibilidades).
  • Situação financeira: que se apresenta através do Índices de Liquidez (que pode ser usado para medir qual a capacidade da empresa em cumprir com os seus compromissos), e também por meio dos índices de Endividamento (em que são apresentadas as linhas de decisão financeira, quando se trata das origens e das aplicações de recursos).
A análise das Demonstrações Contábeis, seja qual for o porte e o ramo de atuação da empresa, tem como objetivo identificar quais são os pontos fortes e os pontos fracos, relacionados ao desempenho financeiro e operacional da empresa.
Por meio dessas análises, é possível também entender como está a situação financeiro-econômica da organização, e analisar como foi a sua evolução da empresa no decorrer dos anos.
De posse dessas informações, é possível corrigir as possíveis falhas encontradas e melhorar o desempenho da empresa.
A Análise das Demonstrações Financeiras contém informações muito valiosas e indicadores do desempenho da empresa.
Sendo assim, por mais que a elaboração das Demonstrações Contábeis e a sua análise sejam trabalhosas, elas são extremamente necessárias. Essa é a melhor forma de planejar e de estruturar o crescimento da empresa corretamente.

Contabilidade Avançada

O objetivo da Contabilidade Avançada é proporcionar o conhecimento que o profissional precisa para a leitura e interpretação das Demonstrações Financeiras da organização. Por meio dessa disciplina, é possível:
  • Interpretar as informações financeiras da empresa;
  • Entender o conceito e como é realizada a consolidação das demonstrações contábeis;
  • Elaborar relatórios para a administração;
  • Avaliar os cálculos de equivalência patrimonial;
  • Técnicas de consolidação,
  • Dentre outros...
Quanto à ementa da disciplina, temos:
  • Consolidação das Demonstrações Contábeis;
  • Princípios Fundamentais da Contabilidade;
  • Relatório da Administração (a elaboração, a publicação e a republicação das Demonstrações Contábeis)
  • Equivalência Patrimonial;
  • Como as organizações podem se reorganizar (Fusão, Incorporação e Cisão);
  • E muito mais...
O estudo da disciplina Contabilidade Avançada proporcionará o aprendizado sobre:
  • Os conceitos e como realizar a Consolidação das Demonstrações Contábeis;
  • A elaboração e a avaliação dos cálculos de Equivalência Patrimonial;
  • A relação entre os aspectos fiscais e contábeis das operações entre a matriz e as suas filiais;
  • Elaboração de relatórios da Administração,
  • Dentre outros...
Em resumo, a Contabilidade Avançada estuda assuntos como correção monetária, inflação, cálculo de ganhos e de perdas, as demonstrações contábeis, balanço social, as demonstrações de valor adicionado e a avaliação de investimento.
Nos últimos anos, o curso de Ciências Contábeis tem crescido muito na preferência das pessoas. Ele ocupa o 4º lugar dentre os cursos com mais alunos no Brasil. O curso é composto de várias disciplinas importantes, como é o caso da Contabilidade Avançada, por exemplo. Além dessa disciplina, também são estudadas, a Contabilidade Internacional, Contabilidade de Custos, Tributária, Contabilidade Introdutória, Legislação Tributária, Matemática Financeira, Teoria da Contabilidade, as Demonstrações Contábeis, Direito Comercial, Administração Financeira e muito mais...
O mercado de trabalho para quem estuda Ciências Contábeis é bem aquecido, e oferece muitas oportunidades. As empresas estão sempre em busca de alternativas para otimizarem as suas despesas, e realizarem os investimentos de forma mais assertiva, de forma a ampliar o seu resultado e se manterem competitivas no mercado. E esse profissional pode ser muito útil nesse contexto.
  

Contabilidade Gerencial

Nos últimos anos, a importância da Contabilidade Gerencial tem se tornado cada vez mais evidente, pois ela desempenha um papel fundamental na tomada de decisões nas organizações. Um dos seus é oferecer informações de qualidade e confiáveis, pois elas serão usadas pela gestão para direcionar a empresa sobre qual caminho seguir, para que ela alcance os seus objetivos e se sobressaia no mercado.

A Contabilidade Gerencial pode ser entendida como o conjunto de práticas, que se destinam a oferecer informações financeiras aos gestores da organização, para facilitar a manutenção de um controle mais assertivo sobre os recursos disponíveis, e aumentar os lucros da empresa.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Contabilidade Gerencial começou a ser vista como algo diferente da Contabilidade Financeira. O seu papel se tornou mais definido a partir dessa época.

A tendência da Contabilidade Gerencial é a utilização de dados que ofereçam cada vez mais detalhes sobre a saúde financeira da empresa, para orientar na gestão da mesma. Para isso, ela não trabalha sozinha. A Contabilidade Gerencial trabalha em conjunto com a Contabilidade de Custos, bem como com todos os demais procedimentos financeiros e contábeis relacionados ao planejamento empresarial.

Nesse contexto, algo que veio para facilitar o trabalho dos gerentes foram os sistemas de dados informatizados. Eles permitem o processamento de um grande volume de dados de maneira bem rápida e segura. E tem sido grandes aliados no dia a dia do contador.

No âmbito empresarial, a Contabilidade Gerencial está voltada para usuários internos. Com a sua contribuição, é possível até mesmo comparar a empresa com as suas concorrentes e compreender, por meio dos dados que essa ferramenta oferece, o contexto no qual a empresa se encontra inserida. Também é possível realizar projeções para o futuro da organização.

Uma outra forma de utilizar a Contabilidade Gerencial é para ajustar as ferramentas de gestão da empresa com o momento atual da mesma, uma vez que há várias estratégias diferentes para lançar ou expandir o negócio. De uma forma geral, você pode obter as informações mais importantes sobre a saúde financeira da empresa e usá-las no momento de decidir qual caminho a empresa irá seguir.

Os profissionais que trabalham com Contabilidade Gerencial desempenham, basicamente, duas funções dentro da organização. São elas:


  • Gerar relatórios sobre as informações referentes ao controle dos custos, e sobre o planejamento e controle das operações;
  • Gerar relatórios especiais para os administradores, contendo informações relevantes para a elaboração de estratégias e para facilitar a tomada de decisões.
De uma forma geral, podemos dizer que a principal função da Contabilidade Gerencial dentro de uma organização é proporcionar mais conhecimento dentre da empresa, diminuindo, ao máximo, os riscos associados com as decisões sobre o futuro do negócio.
O profissional que trabalha nessa área tem se destacado muito no mercado, em especial quando se fala em gestão estratégica da empresa. Todo gestor precisa conhecer as receitas, os custos, ativos e os passivos da organização. E o contador tem a capacidade de detalhar essas informações e demonstrar como ocorrem as alterações do patrimônio. E, o mais importante, como essas movimentações podem afetar o futuro da empresa de uma maneira geral.
Todo profissional quer se destacar no mercado. E com o contador não é diferente. Nesse caso, para ter sucesso na área gerencial, é preciso ter um profundo conhecimento tanto da contabilidade financeira quanto de custos, e também da área tributária. Também é preciso entender como os diferentes arranjos são capazes de influenciar na tributação da empresa.
Outras áreas também são importantes, como economia e política, pois elas têm impacto no negócio como um todo. Bem como o domínio do inglês, já que essa é a linguagem universal no mundo dos negócios.

A profissão Contador

A profissão contábil foi regulamentada a partir da edição do Decreto-Lei 9.295/46. Além de criar os Conselhos de Contabilidade, também lhes deu estrutura federativa, e fez com que os Conselhos Regionais passassem a ser subordinados ao CFC (Conselho Federal de Contabilidade).

O Decreto-Lei 9.295/46, criou os Conselhos de Contabilidade para que pudessem orientar e normatizar a profissão contábil, bem como fiscalizar o exercício da profissão.

Com essa medida, o CFC passa a ter a competência para disciplinar atividades dos CRC, para que possa manter uma unidade administrativa. Dessa forma, a disciplina de atividades administrativas e operacionais realizadas pelos Conselhos de Contabilidade, tanto Regionais quanto o Federal, precisa ser de tal maneira que não tenha nenhuma discordância com relação aos que estas entidades praticam.

Os Conselhos trabalham tanto no registro quanto na fiscalização profissional, garantindo que o exercício da profissão do contador, seja na área pública ou privada, seja executada exclusivamente por profissional, devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) do Estado onde atuará profissionalmente, que pode ser o Contador ou o Técnico de Contabilidade.

Órgãos Relacionados à Profissão Contábil

A profissão contábil está ligada à vários órgãos, cada um desempenhando um papel de grande relevância tanto no exercício da profissão do contador, quanto na fiscalização. Abaixo, nós mencionamos alguns dos principais órgãos relacionados à profissão contábil. Confira!


  • Conselho Federal de Contabilidade: tem como objetivo fiscalizar o exercício da profissão contábil, bem como manter a sua credibilidade. Visa também a busca por melhorias para o desempenho da profissão e, se for necessário, também pode punir os contabilistas em casos de alguma infração. Essa fiscalização acontece por intermédio dos CRC (Conselhos Regionais de Contabilidade).
  • Conselhos Regionais de Contabilidade: também é responsável por fiscalizar o exercício profissional do contabilista. O Decreto-Lei 9.295/46 incumbiu ao CRC a tarefa de verificar a regularidade do exercício profissional, bem como estabelecer princípios e normas que deverão ser seguidos pelos profissionais da contabilidade. O CRC deve supervisionar a atuação dos técnicos de contabilidade e dos contadores, para garantir que estes não cometam infrações.
  • Sindicatos: o sindicato é uma associação dos trabalhadores pertencentes à mesma categoria ou classe, e que trabalha em defesa dos direitos desses trabalhadores. Assim como as demais classes, os contadores também possuem um sindicato, mas eles precisam estar devidamente registrados no Conselho Regional de Contabilidade.
  • Outros órgãos e entidades que também se relacionam com a contabilidade são: Federações, Clubes, Associações, dentre outros, nos quais o contabilista também atua, desempenhando um papel de extrema importância.
Valores Éticos do Profissional

O Código de Ética Profissional do Contador (CEPC) tem como função definir a conduta profissional do contador com relação a todos os assuntos relacionados à sua profissão, à classe e ao exercício da atividade.

É preciso que a conduta ética do profissional de contabilidade siga corretamente o que foi estabelecido na NBC 1/2019, na legislação vigente e também em todas as Normas Brasileiras de Contabilidade.

É importante frisar que o CEPC também se aplica ao técnico em contabilidade, quando do exercício da profissão. 

Confira abaixo algumas das obrigações previstas no Código de Ética do Profissional do Contador:
1 - exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observando as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação vigente, resguardando o interesse público, os interesses de seus clientes ou empregados, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

2 - recusar sua indicação em trabalho quando reconheça não se achar capacitado para a especialização requerida,

3 - guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade,

E muito mais...














 



Perícia Contábil e Arbitragem


A Perícia Contábil é uma área que está em franco crescimento. O contador registrado no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) pode atuar como perito. Essa atividade está ligada com a justiça, e relaciona-se com a reunião e com a conferência de materiais usados como provas no subsídio, ou esclarecimento de uma determinada decisão de um litígio. A coleta adequada das provas é feita por um perito contábil, e este deve estar devidamente registrado no órgão competente, como informado acima.
Existem, basicamente, dois tipos de perícia contábil. São eles:
1 - Perícia Judicial: que é quando o juiz verifica a necessidade de conferir os dados, as informações e também precisa de coletar provas. Nessa situação, há um litígio. Para ser o perito do caso, o profissional que o juiz nomear não deve ter nenhum tipo de relação com as partes envolvidas. Precisa ser imparcial.
2 - Perícia extrajudicial: muito comum quando se trata de justiça trabalhista. Nesse tipo de perícia, o profissional irá analisar várias situações, como cálculo de indenizações, bens e direitos, liquidação de haveres, e muito  mais. Uma das partes ou ambas contratam o perito, que não tem nenhuma relação com o judiciário.
Para que uma sociedade possa viver de forma harmoniosa, e os seus agentes sociais tenham uma boa convivência, é preciso que o Estado proporcione meios eficazes, que sejam capazes de resolver os conflitos que podem vir a surgir, de maneira que a paz social possa ser mantida.

A Arbitragem é uma maneira alternativa de solucionar os conflitos, e foi estabelecida pela Lei nº 9.307/96, ao contrário do que é estabelecido na regra geral do Estado, em que determina que esse tipo de conflito deveria ser resolvido pelo Poder Judiciário, para que o Princípio da Inafastabilidade da Tutela Jurisdicional fosse atendida.
Porém, a Arbitragem é permitida somente para resolver conflitos referentes à direitos patrimoniais disponíveis, ou seja, aqueles que podemos avaliar monetariamente, e dos quais as partes possam dispor. Também é preciso que as partes celebrem Convenção de Arbitragem, o que significa que elas concordam expressamente em adotar essa alternativa de resolução do conflito em detrimento do Poder Judiciário.
Existe a possibilidade de as partes celebrarem a Convenção de Arbitragem por meio de uma Cláusula Arbitral. Dessa forma, fica acordado entre as partes que, caso ocorra um conflito no futuro, o mesmo será resolvido pela Arbitragem, ou ainda por meio de um Compromisso Arbitral, em que, estando diante de um conflito que já existe, as partes decidem pela Arbitragem para solucioná-lo.
Uma vez escolhida a Arbitragem, só é permitido às partes acionarem o Poder Judiciário em duas situações: se for preciso uma medida de urgência ou cautelar para que o direito seja garantido ou se a parte vencida resistir em cumprir, de forma espontânea, a sentença.
Vantagens da Arbitragem:
1 - Confiabilidade: as partes ficam resguardadas de exposição pública. A regra geral do procedimento arbitral é a confiabilidade. E ela abrange a totalidade do procedimento, incluindo os laudos técnicos, os periciais, os depoimentos, dentre outros. 
2 - Rapidez: a arbitragem, geralmente, é mais rápida do que o processo judicial. De acordo com a lei, se a Câmara Arbitral ou as partes não se decidirem sobre o prazo, a sentença arbitral será prolatada em até 6 meses, no máximo. Já na Justiça Estadual, somente na 1º instância,  um processo demora cerca de 52 meses para ter a sentença, conforme o Conselho Nacional de Justiça.
3 - Especialização: quando se trata de um procedimento arbitral, as partes podem escolher os árbitros, ou então pela Câmara, conforme suas competências e o litígio. Ao contrário do que acontece com os juízes do Poder Judiciário, onde só é exigida qualificação jurídica, e também precisam julgar causas de todos os tipos de assuntos.
4 - Informalidade: procedimentos arbitrais são mais dinâmicos e informais, não possuem tanta burocracia como acontece com os processos judiciais. As partes participam de forma mais ativa na resolução de conflitos.
5 - Economia: em geral, uma arbitragem custa bem menos que um processo judicial. Alguns fatores que contribuem para isso são: processo mais rápido, menos custos com advogado; o árbitro costuma dispensar o perito, uma vez que ele é especialista, e muito mais...

Introdução a Administração

O objetivo da disciplina Introdução à Administração é fornecer os princípios fundamentais da Administração geral, bem como sua aplicação no dia a dia da empresa. Também visa mostrar a importância de sua aplicação correta e eficaz no ambiente profissional. 

Podemos entender a Administração como a forma de conduzir as atividades da empresa de maneira racional, seja essa atividade lucrativa ou não.
Os objetivos específicos dessa disciplina são:
  • Compreender o contexto da administração e quais são as suas tendências;
  • Compreender os principais conceitos da Administração;
  • Entender sobre os conceitos e as características que envolvem as organizações, bem como compreender a sua importância;
  • Permite a realização de uma análise organizacional e ambiental, que possibilite a identificação de forças e fraquezas, e de ameças e oportunidades no ambiente no qual a empresa está inserida;
  • Aprender sobre os conceitos de planejamento e de organização, bem como os processos de cada elemento;
  • Entender quais são as habilidades que o administrador deve possuir,
  • E muito mais...
No decorrer da aprendizagem, o estudante irá aprender sobre as teorias organizacionais, aprendendo sobre as principais abordagens (clássica, humanista, estruturalista, contingencial, sistêmica e comportamental). Além de percorrer o ambiente organizacional, entendendo a sua influência sobre o mesmo.
O estudo das teorias organizacionais clássica, estruturalista, sistêmica e contingencial, proporciona ao estudante a compreensão dos campos de atuação de cada teoria, bem como os seus significados. Enquanto que, ao estudar os conceitos das teorias humanista e comportamental, além de aprender sobre seus conceitos, entende-se como aplicá-las no ambiente das organizações.
Ao final dos estudos da disciplina Introdução à Administração, o estudante já tem condições de entender como planejar, dirigir e controlar uma empresa. 
O estudo da disciplina oferece tanto condições de aprendizagem sobre a fundamentação teórica, quanto leva à discussão de concepções e de conceitos relativos à administração.
O conteúdo programático da disciplina Introdução a Administração compreende vários tópicos. Abaixo, nós citamos alguns deles:
  • Introdução à disciplina
  • Níveis Organizacionais
  • Organização e Administração
  • Funções da Administração
  • Áreas Funcionais da Administração
  • O papel do planejamento;
  • O papel, habilidades e as funções do administrador
  • Princípios da Administração
  • Funções administrativas (planejamento, organização, direção e controle)
  • Tendências na administração
  • Mudanças organizacionais
  • Dentre outros.
Através da Introdução à Administração, o estudante terá a oportunidade de conhecer quais são as teorias e os fundamentos da Administração, e também quais são os métodos organizacionais usados na gestão do negócio.
Além do mais, também possibilita o acesso às informações necessárias para a compreensão do verdadeiro significado da administração, bem como a compreensão de como esta disciplina e os seus conceitos estão inseridos no dia a dia das empresas e das pessoas. E como usar as ferramentas administrativas na gestão empresarial.
Falando um pouco sobre o curso de Administração em si, ele é um dos cursos mais abrangentes, pois envolve todas as áreas da empresa. E abre inúmeras portas no mercado de trabalho.
Os conceitos dessa área envolvem não somente as pessoas, como também o controle, os recursos, a organização, a direção, as decisões, planejamento, objetivos e as instalações.
Hoje em dia, a sociedade em que vivemos é totalmente institucionalizada e repleta de organizações, que desenvolvem atividades de produção bens e/ou de serviços. As pessoas dependem das organizações, assim como estas também dependem das pessoas.
A Administração é fundamental tanto para a existência, quanto para a sobrevivência das empresas, sendo um fator determinante para o seu sucesso. E é também uma área do conhecimento complexa e recheada de desafios.
O estudo de Introdução à Administração fornece os principais conceitos necessários para o entendimento do meio organizacional e como gerenciar o mesmo.